Olá gente boa,
espero que se encontrem todos bem e felizes. Já la vão umas semanas desde a última vez que vos deixei aqui algo.
Estou de volta a Amesterdão, já voltei ao escritório e entretanto já tenho férias marcadas de novo para o final do mês.
Resumindo, posso-vos dizer que a Itália é um país incrivelmente bonito, dos poucos sítios que visitei (Sicília, Milão, Florença e Parma) desde a sua geografia, o seu espólio artístico em todas as suas vertentes, a sua comida deliciosa e as suas pessoas muito idênticas da maneira calorosa de receber e estar à nossa. Adoraria voltar porque só vi pouco e como sempre com a sensação que foi tudo a correr.
E com cada viagem que vou fazendo, me vou encontrando um pouco mais.Soa tão a cliché não é? Sim, também estou farta de ouvir isto, mas depois desta viagem nunca estas palavras fizeram tanto sentido como agora. Sabem aquela ideia, de que para compreender algo melhor que nos está a acontecer, as vezes é necessário olharmos para a situação como se nos estivéssemos a observar de fora, para poder avaliar com sensatez?
Sendo uma pessoa muito emotiva, este tipo de exercício foi sempre difícil para mim, porque me deixava consumir demasiado pela forma intensa como vivia as coisas e isto por sua vez levou-me a experienciar uma serie de situacoes em que muitas vezes não percebia o porque de certas pessoas se aproximarem de mim. Por questões inevitáveis e por sermos seres que se precisam mutuamente, porque é de trocas de experiências que esta vida é feita e apenas assim faz sentido, nós dificilmente percebemos desde o inicio que alguém se aproxima, o que alguém passou na vida que a fez chegar a nós e qual será o nosso papel em todo o enredo que se desenvolva daí adiante. Falo de amigos, parceiros, família etc.) Estando num meio que nos é familiar, nós tendemos muito a usar sempre o mesmo tipo de raciocínio para enfrentarmos as adversidades que encontramos ao longo da vida, que muitas vezes levam aos mesmos resultados.
Então imaginem irem para um país onde nunca tenham estado em que a comunicação é muito limitada, por não falarmos o idioma.
Dado isto, parece que emocionalmente falando, estamos sempre um pouco em modo de sobrevivência e daí darmos a tudo o que esta a acontecer em nosso redor muito mais atenção do que nós próprios. Vamos um pouco sem identidade, porque ali ninguém nos conhece, não pertencemos ali e o nosso ego não é para ali chamado porque queremos absorver o desconhecido e tudo aquilo que não conhecemos ou sabemos que nos intriga. É uma abertura mental e sensorial que em casa não existe desta forma.
Posso dizer que trousse uma bagagem de la que me ajudou a compreender melhor as coisas que se estavam a passar comigo, não conseguiria processar da mesma maneira se não me tivesse puxado para uma situação limite. Ajudou-me a compreender e enfrentar alguns dos meus receios e medos e verbaliza-los, e expulsar para fora de mim algo que bloqueava há algum tempo.
Compreendi que muitas vezes fui usada por propósitos diferentes, maioritariamente por pessoas que no fundo não conhecia, por me desvalorizar e achar que por algum motivo eu devia olhar por elas, porque me metiam pena, porque me contavam historias tristes de episódios das suas vidas e eu engénuamente achar que podia contribuir com alguma coisa de positivo para as suas vidas sem ter a noção de quanto me comprometia e o quanto consumiam de mim.
Hoje, ainda acho que devemos estar e ser uns para os outros, mas já não acredito em meias historias ou historias mal contadas, e acima de tudo dou mais valor à comunicação não verbal, que acredito ser acima de tudo tão mais honesta que a falada. Porque todas as pessoas com quais tive estas experiências estranhas, sempre me foram muito distantes em pensamentos e de poucas palavras para perguntas que se levantavam.
O importante disto tudo, é frisar que as deceptcoes ajudam-nos a crescer e temos que fazer para preservar o nosso fundo e a nossa essência, porque existem sempre pessoas com más intencoes ou inconscientes de que rumo as coisas tomam consoante as accoes que tenham sobre as outros.
Se era preciso ter ido para tão longe? Não, não era, mas nem todos os remédios tem em todas as pessoas os mesmos efeitos e cada ser é diferente.
Pois bem, já se faz tarde de novo e amanha é dia de trabalho. Deixo-vos aqui algumas fotos e espero escrever-vos em breve. :)
Tenham um boa semana!
Beijinhos,
Ni
espero que se encontrem todos bem e felizes. Já la vão umas semanas desde a última vez que vos deixei aqui algo.
Estou de volta a Amesterdão, já voltei ao escritório e entretanto já tenho férias marcadas de novo para o final do mês.
Resumindo, posso-vos dizer que a Itália é um país incrivelmente bonito, dos poucos sítios que visitei (Sicília, Milão, Florença e Parma) desde a sua geografia, o seu espólio artístico em todas as suas vertentes, a sua comida deliciosa e as suas pessoas muito idênticas da maneira calorosa de receber e estar à nossa. Adoraria voltar porque só vi pouco e como sempre com a sensação que foi tudo a correr.
E com cada viagem que vou fazendo, me vou encontrando um pouco mais.Soa tão a cliché não é? Sim, também estou farta de ouvir isto, mas depois desta viagem nunca estas palavras fizeram tanto sentido como agora. Sabem aquela ideia, de que para compreender algo melhor que nos está a acontecer, as vezes é necessário olharmos para a situação como se nos estivéssemos a observar de fora, para poder avaliar com sensatez?
Sendo uma pessoa muito emotiva, este tipo de exercício foi sempre difícil para mim, porque me deixava consumir demasiado pela forma intensa como vivia as coisas e isto por sua vez levou-me a experienciar uma serie de situacoes em que muitas vezes não percebia o porque de certas pessoas se aproximarem de mim. Por questões inevitáveis e por sermos seres que se precisam mutuamente, porque é de trocas de experiências que esta vida é feita e apenas assim faz sentido, nós dificilmente percebemos desde o inicio que alguém se aproxima, o que alguém passou na vida que a fez chegar a nós e qual será o nosso papel em todo o enredo que se desenvolva daí adiante. Falo de amigos, parceiros, família etc.) Estando num meio que nos é familiar, nós tendemos muito a usar sempre o mesmo tipo de raciocínio para enfrentarmos as adversidades que encontramos ao longo da vida, que muitas vezes levam aos mesmos resultados.
Então imaginem irem para um país onde nunca tenham estado em que a comunicação é muito limitada, por não falarmos o idioma.
Dado isto, parece que emocionalmente falando, estamos sempre um pouco em modo de sobrevivência e daí darmos a tudo o que esta a acontecer em nosso redor muito mais atenção do que nós próprios. Vamos um pouco sem identidade, porque ali ninguém nos conhece, não pertencemos ali e o nosso ego não é para ali chamado porque queremos absorver o desconhecido e tudo aquilo que não conhecemos ou sabemos que nos intriga. É uma abertura mental e sensorial que em casa não existe desta forma.
Posso dizer que trousse uma bagagem de la que me ajudou a compreender melhor as coisas que se estavam a passar comigo, não conseguiria processar da mesma maneira se não me tivesse puxado para uma situação limite. Ajudou-me a compreender e enfrentar alguns dos meus receios e medos e verbaliza-los, e expulsar para fora de mim algo que bloqueava há algum tempo.
Compreendi que muitas vezes fui usada por propósitos diferentes, maioritariamente por pessoas que no fundo não conhecia, por me desvalorizar e achar que por algum motivo eu devia olhar por elas, porque me metiam pena, porque me contavam historias tristes de episódios das suas vidas e eu engénuamente achar que podia contribuir com alguma coisa de positivo para as suas vidas sem ter a noção de quanto me comprometia e o quanto consumiam de mim.
Hoje, ainda acho que devemos estar e ser uns para os outros, mas já não acredito em meias historias ou historias mal contadas, e acima de tudo dou mais valor à comunicação não verbal, que acredito ser acima de tudo tão mais honesta que a falada. Porque todas as pessoas com quais tive estas experiências estranhas, sempre me foram muito distantes em pensamentos e de poucas palavras para perguntas que se levantavam.
O importante disto tudo, é frisar que as deceptcoes ajudam-nos a crescer e temos que fazer para preservar o nosso fundo e a nossa essência, porque existem sempre pessoas com más intencoes ou inconscientes de que rumo as coisas tomam consoante as accoes que tenham sobre as outros.
Se era preciso ter ido para tão longe? Não, não era, mas nem todos os remédios tem em todas as pessoas os mesmos efeitos e cada ser é diferente.
Pois bem, já se faz tarde de novo e amanha é dia de trabalho. Deixo-vos aqui algumas fotos e espero escrever-vos em breve. :)
Tenham um boa semana!
Beijinhos,
Ni












